terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Bita do Barão reinaugura a Casa de Marinha, sua nova casa na capital





Com 105 anos de idade o mestre Bita, como é chamado pelos seus filhos de santo, mantém a saúde em dias e confessa que ganhou esse nome pelo qual é conhecido em diversos locais e até fora do país por dois motivos: Bita, por ser muito traquino na infância e gostar de subir em árvores, então seu pai o considerava igual a um bode que pulava bastante e resolveu chama-lo assim. Já Barão é o nome do chefe espiritual que entrou na vida do menino de Codó e começou a mudar o comportamento e a dar um conhecimento espiritual que o fez um dos guias mais respeitados do país.

“No inicio quando eu e minha mãe percebemos que algo diferente acontecia comigo foi estranho, tinha horas que eu era o Bita, outra hora que eu era o Barão. Sofri muito preconceito, tinha que atender as pessoas que me procuravam escondido para não ser pego pela polícia, já que naquela época a igreja católica tinha muito poder”, acrescenta o pai de santo.

De família católica, Bita do Barão nasceu em Codó a aproximadamente 300 km de São Luís, cidade onde vive e até hoje realiza cerca de 100 atendimentos. Segundo ele, são pessoas que buscam cura para a saúde e solucionar problemas emocionais, relacionados a trabalho e política. “Muita gente me procura e não é pouca não, dependendo do problema é praticado um trabalho com luz e orientação, que eu não sei explicar, porque na hora da consulta não é o Bita que atende e sim o Barão”.

Pai de duas filhas biológicas uma delas já falecida e de mais 16 filhos adotados, o guia espiritual se considera um homem simples, corajoso e de fé, que busca perpetuar seu trabalho orientando quem precisa.
Como parte da expansão do seu trabalho, ele está em São Luís para reinaugurar a Casa de Marinha amanhã. O local é uma casa de umbanda que dá continuidade em São Luís aos trabalhos realizados em Codó. A mãe de santo da casa será uma das filhas espirituais de Bita, Maria Conceição Palhano ou mãe pequena que herdou a sabedoria da linha de umbanda da mãe, e há vinte anos segue a hierarquia.
“É uma responsabilidade muito grande, gosto do que faço e tenho que dar continuidade ao trabalho deixado por minha mãe que faleceu no ano passado” diz, Maria Palhano.
Devoção pela santa

Bita do Barão é devoto de Santa Luzia e se tornou seguidor dos princípios da santa após enfrentar problemas de saúde e ter que fazer uma cirurgia de catarata. Após se recuperar do problema começou a seguir terreiros de devotos da santa como o de pai Joãozinho, no bairro Vila Nova na capital.

Fonte: http://timon.meionorte.com