sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Em Defesa da Umbanda



O Movimento da Juventude Umbandista reuniu-se na sede da Polícia Civil com o delegado Fernando Reis, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada e o delegado Gilson Perdigão, titular da Delegacia de Repressão de Crimes na Internet em encontro determinado pelo Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. 
Os umbandistas levaram um dossiê com DVDs reunindo sites e blogs que circulam na internet estimulando o ódio e o vilipêndio religiosos contra os espíritas. 
Dentre os vários sites, ditos evangélicos, que incitam fiéis contra espíritas, um em especial se destaca, o do Centro Apologético Cristão de Pesquisas. Com citações bíblicas, induz ao assassinato de espíritas através de apedrejamento com banho de sangue (abaixo seguem algumas dessa citações). 
Átila Alexandre Nunes, coordenador do Movimento da Juventude Umbandista, pediu à Polícia Civil providências contra esses crimes praticados pelos fanáticos na internet, já que está em risco a segurança dos médiuns nas sessões. Ele lembra o caso de uma seita de fanáticos, intitulada Igreja Geração de Cristo, cujos fiéis invadiram e depredaram um centro no Rio.
O dossiê foi entregue aos delegados titulares pelos umbandistas, que solicitaram a abertura de inquéritos individuais contra cada um dos autores desses sites que além de praticar o vilipêndio religioso, estimulam agressões e até assassinatos. Todos os sites já foram identificados e é inútil que seus autores os retirem do ar, já que o crime já foi configurado. 
O Movimento da Juventude Umbandista divulgou nota em que diz que esse tipo de preconceito veiculado na internet dissemina o fanatismo provocando a violência, colocando em risco a segurança pessoal dos médiuns e dirigentes. Átila Alexandre Nunes disse que as denúncias chegam de várias partes do país, exigindo a atenção dos Ministérios da Justiça e das Comunicações, já que essa prática é também veiculada nas concessões públicas de Rádio e TV. "A Anatel não pode mais ignorar o desvirtuamento do uso de canais concedidos pelo poder público" – disse.