Essa mensagem foi para um
conhecido enfermo, viciado em drogas e fanático religioso que não tolera a sua
condição decadente. De outro modo, da mesma forma que nas religiões há aqueles
desesperados por não encontrar o seu equilíbrio mental, físico e espiritual
para se justificar ou tolerar o estado de sua decadência, se entregando aos
vícios de todo gênero: como o cigarro, o alcoolismo e outros. Estes se afirmam
as seitas evangélicas e demais outras com o objetivo de amenizar esse
sofrimento. Há aqueles que ao se integrar a uma doutrina entra num colapso
fanático porque não tolera a condição em que se encontra. Assumem uma postura
puritanista na tentativa de suprir esse vácuo interior, ludibriam-se e
alimentam sua crença para encontrar forças para continuar. Na Umbanda, chamo
estes de kiumbas (espíritos de mortos desajustados perante as leis universais)
dignos de pena, mas que para se corrigirem merecem passar por estas
experiências. Toleramos tais pessoas e torcemos para que um dia se desprendam
de tais vícios e passam a ser manifestantes das forças espirituais. O viciado
não tem legitimidade moral para falar de tais atributos, sendo ele um doente e
necessitado que mereça primeiro reconhecer a sua posição decadente.
