quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Novela que retratou as tradições de matriz africana recebe prêmio nos EUA.


Foto: Casa de Oxumaré no facebook


Lado a Lado, exibida pela Rede Globo, em 2012, recebeu sua primeira homenagem da SEPPIR, durante as comemorações de dez anos de criação da Secretaria, em março. Na ocasião, o ator Lázaro Ramos afirmou que o reconhecimento ajudaria a emissora a perceber como os negros querem ser vistos na televisão brasileira.

Novela que retratou as tradições de matriz africana recebe prêmio nos EUA Lázaro Ramos afirmou que o reconhecimento ajudaria a emissora a perceber como os negros querem ser vistos na televisão brasileira.

A novela Lado a Lado, exibida pela Rede Globo, em 2012, venceu a 41ª edição do International Emmy Awards, como o melhor folhetim da tevê mundial. A cerimônia de gala aconteceu nesta segunda-feira, 25, em Nova York, nos Estados Unidos e é considerada o Oscar da televisão.

Em março deste ano, quando a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) comemorou dez anos de criação, os autores e o elenco da novela receberam sua primeira homenagem nas pessoas do escritor João Ximenes e dos artistas Lázaro Ramos e Zezeh Barbosa, agraciados com uma placa.


A SEPPIR considerou que a trama ambientada no Rio de Janeiro do início do Século XX retratou as tradições de matriz africanas sem estereótipos. “Essa é primeira homenagem recebida por Lado a Lado e vai ajudar a fazer com que uma empresa como a Rede Globo perceba como a gente quer ser visto na televisão brasileira”, disse Lázaro, na época.

Nos EUA, anunciado pelo ator americano Jeffrey Tambor, o prêmio foi entregue aos autores Cláudia Lage e João Ximenes Braga, ao diretor geral Vinícius Coimbra, ao diretor Cristiano Marques e ao ator Thiago Fragoso.


História local – João Ximenes Braga disse estar duplamente emocionado com o reconhecimento tão importante! “Lado a Lado é uma novela muito brasileira. No pano de fundo das nossas histórias de amor, mostramos fatos que ajudaram a definir a identidade cultural brasileira, como o samba, a capoeira, o carnaval, a popularização do futebol, as religiões de matriz africana, as favelas… Então, o prêmio atesta não só a qualidade da novela em si, mas também que conseguimos fazer uma história local que tocou um júri internacional, isso não é pouco”, afirmou.

Cláudia Lage, que dividiu a autoria com João, também comemorou a conquista do Emmy. "A novela discute temas ainda polêmicos e complexos no Brasil, como a discriminação racial e a cultura patriarcal, pilares presentes ainda em nossa sociedade. Um reconhecimento desse porte para o nosso trabalho só pode ser muito emocionante e altamente recompensador. Estamos muito felizes”, resumiu.

O diretor geral Vinícius Coimbra explicou o significado do prêmio para ele: “É muito emocionante vencer o Emmy estando aqui, entre os melhores do mundo. E nós representando a qualidade da dramaturgia brasileira.  O Emmy é a coroação de um grande e belo trabalho que fizemos, da paixão que tivemos por este projeto”, disse.

Fonte: Casa de Oxumaré no facebook

sábado, 16 de novembro de 2013

Agradecimentos pelo Dia Nacional da Umbanda!

Hoje a Umbanda em Chapadinha plantou uma semente. Essa semente é do progresso a todos os irmãos de fé, nunca em séculos de descaso e discriminação havia ocorrido uma comemoração especial ao povo umbandista.

Neste momento sentimo-nos agraciado pelo conhecimento e experiências que foram compartilhados durante o evento, pela iniciativa dos organizadores e parceiros do evento como Secretário de Assistência Social, Sr. Paiva, Secretário Municipal do Trabalho, Zezinho, Secretária Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Chiquinha Pessoa, o Presidente da Federação de Umbanda do Baixo Parnaíba, Prof. Antonio José, também o Ministro Religioso de Umbanda Jucivan e todos aqueles que colaboraram direta e indiretamente para realização do mesmo.

Esse evento atingiu as nossas expectativas, foram 67 participantes umbandista. Para nós foram 67 sementinhas plantadas e que haverão de uma hora nascer, crescer, tornarem-se árvores e prover bons frutos. Em nosso evento: I SEMINÁRIO REGIONAL DE POVOS DE TERREIROS E RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA DO MUNICIPIO DE CHAPADINHA palestrou-se sobre diversos assuntos pertinentes a religião umbanda. Desde seu surgimento em 1908 no Rio de Janeiro ao reconhecimento de seu dia no calendário oficial de datas comemorativa nacional.


Temos o mais, a agradecer ao governo municipal atual, o qual é gestora Ducilene Pontes, popularmente Belezinha que não mede esforços para garantir aos Chapadinhenses seu bem estar e seus direitos. Aos amigos e companheiros secretários municipais e principalmente ao povo umbandista que merecidamente trabalhou na organização do evento para que o mesmo viesse a acontecer como o foi de fato. Um sucesso absoluto! Parabéns Umbanda!





















quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Cientistas estudam DNA e poderão explicar mediunidade

Pesquisas científicas poderão explicar os fenômenos como mediunidade e clarividência



“Nosso DNA é um biocomputador”, dizem cientistas russos. Pesquisas científicas poderão explicar os fenômenos como a clarividência, a intuição, atos espontâneos de cura e auto cura e outros.
Quando cientistas começaram a desvendar o mundo da genética compreenderam a utilidade de apenas 10% do nosso DNA.  O restante (90%) foi considerado “DNA LIXO”, ou seja: sem função alguma para o corpo humano.
Porém, este fato foi motivo de questionamentos, pois alguns cientistas não acreditaram que o corpo físico traria algum elemento que não tivesse alguma utilidade.  E foi assim que o biofísico russo e biólogo molecular Pjotr ​​Garjajev e seus colegas iniciaram pesquisas com equipamentos “de ponta”, com a finalidade de investigar os 90% do DNA não compreendidos.  E os resultados apresentados são fantásticos, atingindo aspectos antes considerados “esotéricos” do nosso DNA.
A seguir, resumimos alguns dos tópicos já estudados por Garjajev e sua equipe, em linguagem coloquial.  Se você gosta de uma linguagem mais científica, de conhecer relatórios de pesquisas e de “ler para crer”, clique nas referências científicas que surgirão ao longo do texto.
Deseja contatar Dr. Pjotr ​​Garjajev, PhD? Clique aqui. 

O DNA tem propriedade telepática? Hipercomunicação do DNA
Cientistas concluíram que o nosso DNA é receptor e transmissor de informações além do tempo-espaço. Segundo pesquisas, o nosso DNA gera padrões que atuam no vácuo, produzindo os chamados “buracos de minhoca” magnetizados. São “buracos de minhocas” microscópicos, semelhantes aos “buracos de minhocas” percebidos no Universo.
Estudos sobre “buracos de minhocas” (Pontes de Einstein-Rosen) estão sendo aprofundados com a intenção de comprovar que os mesmos funcionam como pontes ou túneis de conexões entre áreas totalmente diferentes no universo, através das quais a informação é transmitida fora do espaço e do tempo.
Para pesquisadores, o DNA atrai informação e as passa para as células, uma função que os cientistas consideram como a internet do corpo físico, porém mais avançada que a internet que entra em nossos computadores.
Em pesquisas realizadas no Departamento de Química do Imperial College of London observou-se que há interações entre duas cadeias simples de DNA em sequências homólogas (similares) e estão investigando os possíveis mecanismos de reconhecimento e interações entre DNAs homólogos à distância.
Se esta e outras hipóteses similares forem comprovadas, significará que o DNA possui propriedades semelhantes ao que se poderia chamar de “telepatia interespacial e interdimensional”.  Em outras palavras, cientistas pesquisam a Hipercomunicação do DNA, partindo da ideia de que o DNA está aberto a diversos níveis de comunicação.
Pesquisas relacionadas à Hipercomunciação do DNA poderão explicar os mecanismos de fenômenos medíunicos como clarividência, cura à distância, intuição, telepatia, atos espontâneos de cura, auto cura e outros.  Na natureza, a hipercomunicação foi aplicada com sucesso por milhões de anos, organizando fluxo de vida nos reinos dos insetos, por exemplo.
Sobre o tema, leia também (em inglês) clicando aqui.

Reprogramação do DNA através da mente e das palavras
O grupo de Garjajev descobriu também que o DNA possui uma linguagem própria, contendo uma espécie de “sintaxe gramatical” própria, semelhante à gramática da linguagem humana, levando-os a investigar mais profundamente sobre a influência das palavras, da luz (laser) e do som sobre o DNA.  Estão verificando que o DNA responde bem a estas interferências, mostrando que o mesmo se altera diante de certas frequências, assumindo novos padrões.

Um “a parte”: Unindo ciência com a espiritualidade
Permita-me uma junção: estas foram descobertas impressionantes, pois nos lembra os ensinamentos (a nós, espiritualistas) dos hindus sobre os mantras, das afirmações positivas, dos Decretos da Grande Fraternidade Branca, do envio de Luz à distância e tantos outros. Todos nos dizem que ao qualificarmos positivamente a nossa linguagem verbal, o nosso pensamento e as imagens geradas por nosso pensamento, o DNA (e todo o Ser) se reprogramará, aceitando uma nova ordem e uma nova regra, a partir da ideia que está sendo transmitida.
Uma indicação: Vale a pena ler o livro As Chaves de Enoch, onde J.J. Hurtak explica de forma completa essa união entre ciência e espiritualidade, abordando especialmente a interferência sonora sobre nossas moléculas.
 
Voltando às pesquisas
Os cientistas russos estão sendo capazes de reprogramar o DNA em organismos vivos, usando as frequências de ressonância de DNA corretas e estão obtendo resultados bastante positivos, especialmente na regeneração do DNA danificado.  Porém, essas pesquisas estão ainda em suas fases iniciais, mas já é possível vislumbrar grandes avanços para a saúde humana. Eles utilizam a Luz (Laser) codificada para transmitir informações corretas ao DNA.
Sobre o tema, leia também (em inglês) clicando aqui.

O DNA responde a interferências da Luz (Laser) 
Continuando nessa linha científica, o pesquisador russo Vladimir Poponin colocou o DNA em um tubo e enviou feixes de Luz (Laser) através dele. Quando o DNA foi removido do tubo, a Luz (Laser) continuou a espiralar no DNA e a irradiar, formando como que “pequenos chacras”.  O DNA mostrou-se agir como um cristal quando faz a refração da Luz, concluindo que o DNA mantém e irradia a Luz que recebe.
Esta descoberta está levando os cientistas a investigarem com maior profundidade a formação dos campos eletromagnéticos ao redor do DNA, o que possivelmente levará a uma maior compreensão sobre os campos eletromagnéticos ao redor das pessoas (aura), assim como também poderá levar ao entendimento das irradiações emitidas por curadores e sensitivos, partindo do pressuposto de que as mesmas acontecem segundo esse mesmo padrão observado no DNA: receber e irradiar, manter a Luz e assumir novos padrões.
Sobre o tema, leia também (em inglês) clicando aqui.
***
As pesquisas continuam e se aprofundam dia a dia. Vemos que muitos aspectos interessantes estão sendo desvendados e ainda há mais por vir.  Por enquanto, pelo sim, pelo não, as evidências científicas nos estimulam a continuarmos com as técnicas de afirmações positivas, cuidando dos nossos pensamentos e das imagens por geradas na mente, a fim de que as nossas transmissões sejam correspondentes à saúde, ao bem estar e harmonia enviadas não apenas ao DNA como também para todo o Ser!
Comunique-se positivamente com seu corpo e reprograme seu DNA, enviando-lhes as frequências corretas!



domingo, 10 de novembro de 2013

A promoção da cidadania e a igualdade racial através do Projeto da I Semana Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Chapadinha



Muito se tem realizado ao longo desses 10 anos desde a criação do Estatuto da Igualdade Racial através da aprovação da Lei 12. 288 de 2010. De lá pra cá vários são os esforços somados entres os órgãos gestores das políticas públicas finalísticas como Assistência Social, Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Habitação e Lazer.
Portanto, o Estatuto da Igualdade Racial é um marco definitivo do compromisso do Estado em relação ao enfrentamento do racismo no Brasil. Daina Souza da Fundação Cultural Palmares em sua matéria sobre esse novo (2010) estatuto faz uma breve análise sobre o mesmo, veja aqui a íntegra da matéria:

"Estatuto da Igualdade Racial: uma conquista contra o preconceito

Daiane Souza
Há exatamente um ano (20 de outubro de 2010) entrava em vigor o Estatuto da Igualdade Racial, lei que estabelece diretrizes para a garantia de oportunidades à população negra brasileira. Considerado importante ferramenta na construção de condições para a promoção da igualdade racial, o documento possibilita a correção de disparidades históricas, no que se refere aos direitos ainda não plenamente desfrutados por 51% da população do país.

Por muitos séculos, os afrodescendentes enfrentaram inúmeras lutas para garantir o acesso à participação política e aos direitos constitucionais. O próprio Estatuto levou praticamente uma década para ser aprovado. Em entrevista, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, então ministro da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial quando sancionada a lei, falou dos avanços para a democracia nacional com o Estatuto da Igualdade Racial.

Ascom/FCP - O que significa o Estatuto da Igualdade Racial?
Eloi - É a forma mais democrática e legal para que sejam asseguradas as possibilidades de acesso aos bens econômicos e culturais a toda a nação de maneira igualitária. O primeiro diploma legal incluído no arcabouço jurídico brasileiro, desde 1888, tendo em vista a construção de ambiente de igualdade de oportunidade entre negros e não-negros.

Ascom/FCP - Com o Estatuto os direitos da população negra estão de fato assegurados?
Eloi – Eles estão colocados de forma que a população negra os acesse. A construção da igualdade de oportunidades a todas as raças será resultado de uma grande comunhão e o Estatuto é apenas um dos primeiros passos de uma longa caminhada, que a nação tem que percorrer, para estabelecer a democracia.

Ascom/FCP - Como avalia o primeiro ano do Estatuto?
Eloi – É um ano de conhecimento. O Brasil inicia um processo de apropriação desta legislação. É uma lei moderna que traz ao mundo jurídico a instituição das ações afirmativas, estabelecendo as formas como elas devem ser implementadas em todas as áreas da atividade humana.

No primeiro ano os governos começaram a implementá-lo. Por exemplo, o estado do Rio de Janeiro adotou a política de cotas nos concursos públicos de nível superior. O Itamaraty estabeleceu percentual para o ingresso de pretos e pardos. Passamos por um momento de apropriação deste documento quando o movimento negro e a sociedade civil do nosso país iniciam um processo de construção da verdadeira igualdade.

Ascom/FCP - O que falta para a sua regulamentação?
Eloi - Devem ser estabelecidas imposições para que o Estatuto tenha a eficácia plena como deve ser. Um processo de estudo e empenho da sociedade civil, além de uma aceleração por parte dos órgãos do governo que têm responsabilidade na sua regulamentação para que seja promovido o acesso direto ao que estabelece a lei.

Ascom/FCP - Qual o papel da Fundação Cultural Palmares para a implementação?
Eloi - A contribuição do negro na construção do nosso país é imensurável, por isso, somente por meio de políticas públicas que valorizem a cultura afro-brasileira e dêem mais visibilidade à população negra na sociedade estaremos promovendo de fato uma maior equidade. Para isto, a Fundação Cultural Palmares tem entre as suas competências a promoção de ações afirmativas, o reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos e a valorização da cultura.

A Fundação Cultura Palmares deve dar ênfase ao que dispõe a regulamentação do Artigo 17 do Estatuto da Igualdade Racial que garante o reconhecimento das sociedades negras, clubes e outras formas de manifestação coletiva da população negra. Com base nisto, a FCP pretende levar ações para todos os segmentos da cultura afro-brasileira: gastronomia, música, dança, literatura, capoeira e tradições como jongo, maculelê, tambor de crioula e congada, além de colaborar substantivamente, para as áreas de comunicação, educação quilombola e defesa das religiões de matriz africana.

Ascom/FCP - Com a Lei, qual a perspectiva para os próximos anos?
Eloi – A perspectiva é termos uma projeção da cultura afro-brasileira nos teatros, nos cinemas, televisão, casas de espetáculos com protagonistas negros e negras. A nação tem 51,2% de pretos e pardos e é preciso que sejam representados em todo o ambiente nacional. Estamos avançando para que a nação seja mais igual, mais justa e mais fraterna."
                    
                   Hoje os efeitos dessa política pública está se desenvolvendo com a congregação das ações dos gestores em nível federativo. Em Chapadinha, no atual Governo da Prefeita Ducilene Pontes muito se tem feito o esforço para atingirmos todos os grupos, populações e povos tradicionais e de terreiros. O atual governo já inicia com o comprometimento de implantar a Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial que abarca o controle social, mecanismos de garantia dos direitos desses povos e o enfrentamento ao racismo e a intolerância religiosa.. Para isso elaboramos uma proposta que se resume numa integração entre todo o nosso público alvo, realizar discussões sobre suas peculiaridades, demandas e ajustamento dos padrões mentais de discriminação operante no meio social.

Por isso, o presente projeto: I SEMANA MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DE CHAPADINHA tem a finalidade de promover a integração dos povos de terreiros, quilombolas, ciganos e ribeirinhos presentes em nosso município e que contribuem bastante para a identidade e a cultura do mesmo.
O projeto nasce da necessidade de promover os valores cívicos e culturais que permeiam a igualdade racial e como também comemorar em dois pontos culminantes, na primeira fase: Dia Nacional da Umbanda – 15 de novembro, instituído por Lei Federal nº 12.644/12 no qual será neste dia em parceria com este município a abertura da I Semana Municipal da Igualdade Racial, neste momento atua a Federação de Umbanda e Cultos Afro-brasileiros do Baixo Parnaíba sediada no município e legítima representante dos povos tradicionais de terreiros, na qual será promovido em conjunto o I SEMINÁRIO REGIONAL DE POVOS DE TERREIROS E RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA DO MUNICIPIO DE CHAPADINHA, evento pelo qual está previsto no projeto de lei municipal que trata da Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Chapadinha. No decorrer desse evento pretende-se registrar o maior numero de umbandista possível, bem como seus contatos e endereços para posterior utilização desses dados pelas demais Secretarias Municipais no trabalho de identificação e busca ativa para inclusão dos mesmos nos programas sociais, etc.
Na segunda fase: comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro, instituído por Lei Federal nº 12.519/2011 é considerado um dia histórico e patrimônio imaterial do Brasil, trata-se do reconhecimento pelo Estado Brasileiro da luta do negro pela liberdade e o reconhecimento da dívida histórica do Brasil com o mesmo, como também é o dia de Zumbi dos Palmares por ser exatamente o dia em que viera a falecer.
Nesse dia, durante o período da manhã e tarde está previsto palestras e brincadeiras de integração a ser realizado com a comunidade, bem como atendimento e ações das demais secretarias municipais parceiras. A união das ações inter-secretarias municipais se materializa no exercício do principio da intersetorialidade, maximizando assim o alcance do evento e a redução de gastos públicos. Está previsto em parceria com a Secretaria da Mulher palestras sobre mulheres negras, violência e prevenção, bem como a visita e palestra com o Embaixador dos Povos Tradicionais do Brasil que virá a título de conhecimento e integração com os povos tradicionais do município.
A noite será na Praça do Povo com apresentação de diversos grupos culturais de: Ciganos, Quilombolas, Grupos de Jovens Negros, Poetas, etc. Em relação aos dias 18 e 19 de novembro pretende-se realizar palestras sobre racismo e intolerância religiosa nas escolas do município.

O presente almeja elevar a autoestima dos participantes e a erradicação e eliminação dos estereótipos e esquemas mentais deturpados e discriminador acerca dos negros, ciganos e povos tradicionais de terreiro presente em nosso município.

JUSTIFICATIVA

O município de Chapadinha está localizado na região leste do Estado do Maranhão, especificamente na regional do Baixo Parnaíba. É o município sede da regional e faz parte dos territórios da cidadania. Sua emancipação política ocorreu em 29 de março de 1938 e possui atualmente 75 anos. Historicamente antes de se tornar município, Chapadinha era conhecida por Chapada das Mulatas, sua existência remonta os anos de 1783 com a categoria de vila. Nesse solo, foi cenário da Guerra da Balaiada e morada dos índios muypurás, negros refugiados de cativeiros e viajantes que se fixaram em nossas florestas e às margens dos rios Munim, Guará e Rio Preto.
Hoje, o município conta com aproximadamente 74.456 habitantes (IBGE/2010) com densidade demográfica aproximada de 22,9 por hab/km2 e uma extensão territorial de 3.247,159 km2, Chapadinha possui um IDH relativamente baixo cerca de 0,6 e sua regional ainda mais baixo 0,5 o que caracteriza tanto o município, quanto a regional na linha de pobreza. Segundo o portal ODM o município possui 72,07% de urbanização, o que caracterizaria aqui um inchaço urbano e consequentemente uma marginalização social daqueles menos favorecidos pelo desenvolvimento econômico e 31% de sua população vive abaixo da linha de indigência, 18% vivem entre as faixas de indigência e pobreza e, por conseguinte 52,2 vivem acima da linha de pobreza conforme os estudos realizados pelo IPEA/DISOC/NINSOC - Núcleo de Informações Sociais e o IBGE/2010.
Nota – se que a situação econômica da população e por consequência a de saúde do município encontra – se na sua maioria na linha vermelha e de urgência. Não obstante tão caótica realidade, o município ainda atende os 16 municípios que integram a regional do Baixo Parnaíba. Segundo o portal ODM – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (acesso em 08/2013),

“Neste município, de 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 reduziu em 30,5%; para alcançar a meta de redução de 50%, deve ter, em 2015, no máximo 35,9%.Para estimar a proporção de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza foi somada a renda de todas as pessoas do domicílio, e o total dividido pelo número de moradores, sendo considerado abaixo da linha da pobreza os que possuem rendaper capita até R$ 140,00. No caso da indigência, este valor será inferior a R$ 70,00. Foram excluídos do cálculo as pessoas com relação de parentesco ou de convivência com a pessoa responsável pelo domicílio: pensionista, empregado doméstico e parente de empregado doméstico. No Estado, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 140,00 passou de 62,9%, em 2000, para 40,8% em 2010.”

Diante dessa situação, surge a necessidade emergente e urgente na conscientização, educação e assistência, formação e ingresso ao mercado de trabalho.  As Políticas Nacionais de Promoção da Igualdade Racial estão disponíveis para serem acessadas pelos órgãos e instituições públicas e privadas para trabalhar a temática do racismo, questões étnico-raciais e etc.
Não obstante, o município de Chapadinha está a um passo a frente em relação aos outros 72 municípios maranhenses que ha anos têm mais experiência que Chapadinha em si tratando de institucionalização das Secretarias Municipais de Promoção da Igualdade Racial. Chapadinha possui desde 2009 seu organismo de promoção da igualdade racial e agora (2013) estamos na luta pela implementação e estruturação dessa política no município. Ora, pois, se para o município, manter essa política ativa no mesmo significa angariar mais recursos através das políticas públicas finalistas como:  Assistência Social, Saúde, Educação, Trabalho, Esporte e Cultura, por outro lado estamos promovendo a cidadania e segurança pública quando atendendo o seu público alvo estamos contribuindo para a erradicação e diminuição da violência e da marginalidade no município.
Todavia, a política de promoção da igualdade racial tem apenas 10 anos de criada e cada ano está sendo aperfeiçoada para fim chegar a concretização de um sistema nacional de promoção da igualdade racial que integralize todas as ações em nível nacional e a possibilidade de descentralização de recursos através de parcerias e transferências fundo a fundo.
Não somente, assim como no SUS, SUAS, dentre outros sistemas implantados no Brasil, o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial facilitará todo o trabalho realizado pelos demais organismos gestores de políticas públicas num compartilhamento de informações e dados de cada comunidade tradicional, terreiro, quilombola, etc.
Em consequência disso, Chapadinha torna-se um local importante para trabalharmos um tema tão abrangente como este, no desenvolvimento do presente projeto: I SEMANA MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DE CHAPADINHA diversos mecanismos de coleta de dados com a comunidade serão realizados nesse ponto ecumênico para o fomento das bases de dados oficiais como palestras, fichas de atendimento, cadastros comunidades, promoção da cultura, prestação de serviços da assistência social, do trabalho, da saúde, educação, etc.
Busca-se também através de análise crítica de costumes e culturas e costumes,  a busca ativa dos perfis de cada grupo participante das palestras, entre outros mecanismos assim justificados em outras parcerias. Portanto, neste momento, seria de grande importância à realização de trabalhos sistematizados e intersetorializados sobre a igualdade racial, gerando inclusive dados que poderão ser compartilhados com o poder público como referência e sugestões para que o desenvolvimento da malha viária possa ocorrer com o mínimo de prejuízo ambiental.


OBJETIVOS
  
OBJETIVO GERAL:
Realizar integração entre os povos tradicionais e povos de terreiros de matriz africana no município visando elevar a autoestima dos mesmos a fim de angariar dados e informações que facilitem o trabalho com as políticas públicas no município de Chapadinha.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·        Promover a integração entre os povos tradicionais: quilombolas, ciganos, ribeirinhos e povos de terreiros;
·        Elevar a autoestima desses povos a fim de integrá-los nas políticas públicas;
·        Coletar maior quantidade possível de informações a fim de facilitar a identificação e mapeamento desses povos;
·         Promover o exercício do Princípio da Intersetorialidade na administração pública de Chapadinha;
·        Fomentar formação de atitudes e desenvolvimento de habilidades étnico raciais em público escolar jovem e adulto de 15 a 30 anos;

AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS POR ÁREA:

1.      SEC. ASSISTÊNCIA SOCIAL:
2.      SEC. IGUALDADE RACIAL:
3.      SEC. CULTURA:
4.      SEC. TRABALHO:
5.      SEC. MULHER:

1.      Palestra – Direitos Humanos - Crime de Tortura Racismo e Relações Etnoraciais – Profa. Msc. Alexsandra Torquato, Mestre em Ciências Criminais – Teresina-PI (Voluntária) – dia 15 de novembro (auditório municipal);

P    Palestra - Direitos Humanos e Cultura Religiosa - Direito ao culto e a evolução da legislação de proteção a liberdade de religião Afro-brasileira. Manoel de Almeida e Silva, Diretor de Igualdade Racial, Ministro Religioso de Umbanda e Bacharel em Direito FMSJC - 15 de novembro (auditório muncipal)
   
     Palestra - Teologia Umbandista - A Lei 12.644/12: O reconhecimento do governo Dilma e do Senado da umbanda como religião genuinamente brasileira. Prof. Esp. Antonio dos Anjos Silva, Diretor FEUBP - Federação de Umbanda e Cultos Afro-brasileiro do Baixo Parnaíba, Ministro Religioso de Umbanda e Pedagogo - 15 de novembro (auditório muncipal)

1.      Palestra – Intolerância Religiosa, Gênero e Igualdade Racial – Embaixador dos Povos Tradicionais do Brasil – Rondinele Santos – Teresina-PI (Voluntário) – dia 20 de novembro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

IBGE. IPEA/DISOC/NINSOC - Núcleo de Informações Sociais e o IBGE/2010.
ODM – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Portal ODM: www.portalodm.org.br Acesso: agosto de 20013





quinta-feira, 7 de novembro de 2013

III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial


A III CONAPIR está sendo realizada nesse momento em Brasília e está sendo um sucesso. Povos de Matriz Africana como umbandistas, candomblé e outros, e também Quilombolas, Indígenas e Ciganos estão marcando presença através de seus delegados Estaduais na ativa do planejamento das políticas públicas. Bom Trabalho a todos e aos meus Amigos do Tocantins e do Piauí que estão nessa luta também nesse exato momento. #natorcidaporvoces

domingo, 3 de novembro de 2013

Bases Filosóficas: Religião de Umbanda



Estamos em pleno período de afirmação doutrinária da Umbanda. Uma fase como esta não pode se restringir a negar conceitos. Sabemos que na fase de expansão as grandes discussões da Umbanda se prendiam à sua origem (Vedas, Atlantis, Sumérios?) ou da origem do próprio vocábulo (védico, sânscrito, celta?); essas buscas tinham o sentido de afirmar a Umbanda não como uma religião brasileira, mas, sim, como uma religião antiga, que voltava até nós, e por esse fato mais confiável. Até no próprio Candomblé buscava-se fundamentos para "fazer a Umbanda mais forte". 
No entanto, o período de afirmação doutrinária iniciou-se, como vimos, com  o abandono de todas essas especulações e firmou-se naquilo cuja evidência era irrefutável e estava bem à mão: a origem brasileira da Umbanda. Hoje, portanto, para que sejamos consistentes com esse início, não devemos ficar em afirmações áridas ou em buscas desnecessárias.
Portanto, a base filosófico - religiosa da Umbanda é, sem nenhuma dúvida aquela pregada por Cristo. Antes de Jesus Cristo, os Manuscritos do Mar Morto trouxeram isso à tona apesar da oposição dos Judeus e da Igreja Católica Apostólica Romana, comprovam que antes de Jesus Cristo, num período entre 500 e 200 anos a.C., vários líderes religiosos já apresentavam as bases daquilo que posteriormente veio a configurar a religião cristã. Dentre eles, figura o então chamado Mestre da Retidão, líder essênio, cujas orientações religiosas já adiantavam quase tudo o que Jesus viria a dizer.
Ainda, se isso é verdade, porque razão Cristo foi quem marcou nosso mundo? Exatamente por sua missão Crística. E esta missão foi tão forte, tão inconteste, que a filosofia pregada por Cristo, do amor entre todos e de nossa filiação direta a Deus, além de marcar uma Era, marcou o calendário e se espalhou por todos os cantos do mundo. 
Do extremo oriente ao ocidente, Cristo é hoje reconhecido como aquele que veio trazer a mensagem do Pai. Assim, a Umbanda não deve temer o assumir Jesus Cristo como seu maior orientador. Se buscarmos em alguns pensadores cristãos suas bases filosófico-religiosas veremos o quanto elas são compatíveis com a Umbanda, inclusive no que concerne à definição dada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, ou seja,  "A manifestação do Espírito para a prática da caridade".
Ao analisarmos com cuidado esses escritores, religiosos ou laicos, veremos ainda o quanto foi deturpada a mensagem que nos foi trazida por Jesus Cristo pelas Igrejas que hoje se apresentam como exclusivas representantes de Cristo. 
Contudo, a esse argumento, somam-se outros de caráter filosófico e histórico. O Caboclo das Sete Encruzilhadas sempre afirmou a presença na Umbanda da filosofia cristã; sempre utilizou-se do Evangelho como apoio de suas pregações; enquanto o seu médium esteve vivo manteve a Umbanda dentro de seus princípios incruentos. Já vimos em item anterior, algumas das razões pelas quais a Umbanda foi tão desfigurada. Por isso, o período de afirmação doutrinária, deverá preocupar-se pelo menos com três linhas de pensamento e atuação:
1.     Primeira, é a afirmação dos princípios cristãos da Umbanda;

2.     a segunda, é um processo de afirmação do seu rito, depurado de todos atos que por essa mistura indesejada vieram a descaracterizar a Umbanda, cabendo ressaltar que o que a obra de Omolubá já nos trouxe em relação a essa parte da tarefa significa, sem nenhuma dúvida o maior passo já dado pela nossa Religião neste sentido;

3.     a terceira, é a manutenção do seu ritual de formação sacerdotal, visando ordenar sacerdotes que se comprometam com as duas primeiras vertentes.
        No tocante à primeira, cabe executar um trabalho de avaliação dos inúmeros livros com base na filosofia cristã para, após uma acurada avaliação, termos assentadas as bases cristãs da Umbanda. Aproveito para deixar aqui, alguns princípios que acreditamos devam ser revistos. Não se pode aceitar as interpretações que foram feitas de Cristo e que conduzem a:
a.      um Deus vingativo e punitivo;
b.     inexistência da comunicação com as almas;
c.     carma como punição divina;
d.     a inexistência da reencarnação.
Alguns outros princípios devem ser discutidos e ampliados:
a.      autodeterminação (existência de "dois momentos" onde o ser humano faz opções fundamentais a respeito de sua nova existência na Terra) ;
b.     nossa ação como nossos próprios juizes, após nossa morte física;
c.     qual o caminho de evolução que a Umbanda aceita (centelha divina, aperfeiçoamento até o nível de Devas?);
d.     o que significa para a Umbanda o "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"?
e.      dentro daquilo que pregava Cristo, e por consequência da Umbanda, qual e onde está a visão holística do Homem.
 Estas e outras questões devem ser buscadas tanto nos livros já existentes como, se nos for consentido, através de comunicações do Astral. Sabemos o quanto foi deturpada a pregação do Cristo; sabemos também o quanto o poder temporal superou a pregação da doutrina que nos foi trazida por Cristo, quando da formação da Igreja Católica: sabemos ainda quantas "reformas" foram feitas nos Evangelhos em nome do fortalecimento desta mesma Igreja; sabemos ainda o quanto o Evangelho segundo o Espiritismo traz no seu bojo a influência da comunicação de Almas que tiveram sua formação dentro do catolicismo; sabemos enfim que será muito difícil esse processo de separação daquilo que foi verdadeiramente trazido por Cristo, do joio do trigo.  Mas temos certeza que a Umbanda, sem nenhuma dúvida a religião que menos se amarra a dogmas, terá a ajuda de seus guias e a sua doutrinas aparecerá, limpa, transparente, libertadora e, por fim, se afirmará doutrinariamente.